Mercado de luxo brasileiro não sentiu tanto impacto com a pandemia
Sem dúvidas, a pandemia do Coronavírus impactou diferentes setores. Com o encolhimento do poder de compra de toda a população, o setor financeiro encontrou inúmeros problemas. Como todo o varejo, o mercado do luxo também enfrentou dificuldades, mas, surpreendentemente, o nicho brasileiro não sentiu tanto o impacto.
Após pouco mais de um ano do início da pandemia, o mercado de luxo brasileiro se mantém resiliente, mesmo sendo colocado constantemente à prova. Mesmo assim, estudos mostram que o Brasil deve ser, nos próximos anos, o melhor destino para as grifes de luxo.
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Por mais que a recessão de 2015 tenha colocado o país em uma situação desfavorável, mostrando que solos brasileiros não eram ideais para semear marcas de peso, o fechamento de inúmeras lojas físicas fez com que os números, segundo o EuroMonitor, não fossem tão desastrosos como esperado. Enquanto as vendas globais de artigos e experiências de luxo se retraíram em 13,8%, as vendas de carros de luxo, roupas, acessórios, cosméticos, bebidas e hospedagens em caros hotéis caíram 11% em território nacional.
O ânimo que traz o Brasil novamente para a briga envolve o México. Afinal, o país assumiu o lugar das terras tupiniquins após a queda de 2015 e, desde então, tornou-se o protagonista quando o assunto é o mercado de luxo da América Latina. Na comparação entre os dois países, a receita em dólares das grifes instaladas no México caiu 31,3%, enquanto as brasileiras diminuíram 26,7%. Mesmo que o mercado siga em queda, o que já era esperado por especialistas que estudam o novo comportamento de consumo, os números são animadores para o Brasil.
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A previsão é que, para os próximos anos, o Brasil acompanhe o panorama do mercado de luxo mundial e cresça exponencialmente. A previsão é que, até 2025, o mercado de luxo nacional avance 34% – isso se conseguir seguir o caminho da China, único país que ainda consegue manter o crescimento do setor.
Um dos motivos que animam e mostram a possibilidade de resiliência do luxo nacional é o tempo em que os brasileiros ficaram impedidos de frequentar os grandes corredores do luxo internacional, criando mais relacionamento com as grifes instaladas em seu próprio país. Com a falta de viagens frequentes, parte da população – principalmente a consumidora de bens de luxo – acumulou ainda mais riqueza. Com isso, o poder de compra terá grande impacto nas marcas de luxo. Se antes da pandemia a intenção do mercado de luxo nacional era atingir uma nova classe com um mix de produtos um pouco mais acessível, esta visão mudou. Agora, a necessidade é fidelizar este cliente que ainda detém um grande poder de compra e trazer novamente para perto aqueles que ficaram impedidos de realizar compras de luxo em mercados internacionais.
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Quem entendeu este novo mercado foram as grandes marcas de carros de luxo, que estão apostando – e percebendo o sucesso – da venda de modelos exclusivos e limitados. A necessidade de voltar a consumir aliado à ideia de ter algo especial feito para você torna a conversão mais fácil e assertiva. A exclusividade voltou a ganhar da quantidade e parece ditar o futuro do mercado de luxo nacional. Menos clientes, mais volume nas compras dos poucos consumidores. A frase promete ditar o futuro, ainda mais quando falamos em Brasil, já que muitos acreditam que os brasileiros são uns dos únicos realmente animados para comprar no pós-pandemia.