Saiba quais são as cidades brasileiras em que o valor dos imóveis mais subiu

Enquanto alguns setores sofreram com as consequências causadas pela pandemia do Coronavírus, outros conseguiram se manter bem aquecidos, como é o caso do mercado imobiliário. Mais do que se manter, o setor conseguiu números impressionantes que comprovam o crescimento dos imóveis no último ano – situação que há tempos não se via. E, com isso, o valor dos imóveis também subiu.

Para comprovar o desenvolvimento do mercado imobiliário, dados da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) mostram que as vendas de imóveis cresceram 21% no primeiro trimestre de 2021 quando comparado com o mesmo período do ano anterior. E mais: os lançamentos do setor cresceram 39% – dado fundamental para explicar a alta nos preços.

O valor dos imóveis subiu! Mas quanto?

Mesmo com uma média nacional de aumento de 4,36% no valor dos imóveis residenciais, algumas cidades mostraram fugir deste padrão. O fenômeno atingiu cidades que não eram reconhecidas por um setor imobiliário forte e que ofereciam imóveis com preços um pouco mais acessíveis. Afinal, grandes polos imobiliários já costumam apresentar crescimento no valor dos imóveis variando entre 4 e 5%, como São Paulo e Rio de Janeiro. 

Quais cidades foram mais afetadas pelo aumento?

Com grandes cidades fora da lista, quem se destaca com valores bem mais altos que o comum é o estado de Santa Catarina. Quem encabeça a lista é Itapema, cidade litorânea com menos de 70 mil habitantes e que apresentou aumento de 18% entre 2020 e 2021. A valorização do metro quadrado da região segue uma tendência de cidades vizinhas, que passam a ser mais visadas por causa de empreendimentos de luxo que estão sendo construídos em peso por lá.

Quem puxou o aumento foi a vizinha de Itapema, Balneário Camboriú, cidade que, nos últimos anos, recebeu inúmeros empreendimentos que unem alto padrão, lazer e comodidade. Como se tornou uma referência de um estilo de vida luxuoso com o melhor da gastronomia e da vida noturna, Balneário Camboriú ficou pequena para tanto crescimento e levou a alta nos preços para cidades vizinhas. Além de Itapema, outras cidades que foram beneficiadas pelo exponencial crescimento da Dubai brasileira foram Itajaí, Joinville e São José, que também integram a lista de cidades em que o valor dos imóveis mais subiu.

Seguindo o litoral paranaense, encontramos Maceió. A capital de Alagoas contabilizou um aumento de 14% no valor dos imóveis. Por lá, o fenômeno se deve à baixa enfrentada pelo setor imobiliário local desde 2014 e à queda da taxa Selic.

Já na região norte do país, quem comanda a alta nos preços é Manaus. Por lá, a demanda por imóveis superou a quantidade disponível e fez com que a alta nos preços fosse de 11%.

No sudeste, o Espírito Santo é o estado que se destaca pelo aumento nos preços. As cidades de Vitória e Vila Velha apresentaram uma alta de 11% e 9% respectivamente devido à falta de terrenos disponíveis para construção nos principais bairros.

Nas cidades citadas, o fator que ajuda a equilibrar o valor dos imóveis é o preço dos terrenos – que costuma ser muito maior em cidades maiores.

Mesmo com a alta nos preços, especialistas indicam ser o momento certo para investir em imóveis, mas é preciso atenção para escolher a opção que diga respeito ao melhor investimento.