3 dicas para criar um ambiente afetivo com Karolinna Venturi
Nada melhor do que um ambiente afetivo que nos acolhe e nos faz sentir bem, né? Mesmo com uma arquitetura com tons frios e objetos geométricos, todo espaço tem potencial para gerar conforto e aconchego em quem ali passa um pouco de tempo.
Por que ter um ambiente afetivo?
A afetividade é um conceito que se encaixa perfeitamente em ambientes residenciais, mas também é muito bem-vindo em espaços comerciais e escritórios. Além de promover o bem-estar, um ambiente afetivo é capaz de criar conexões únicas e sentimentos profundos. Por isso, acaba sendo uma ótima escolha para a arquitetura comercial. Afinal, quando uma loja, por exemplo, consegue emocionar e criar uma relação com o consumidor, as possibilidades de ele retornar e se tornar um cliente fiel aumentam consideravelmente. Já nos escritórios, espaços que geram afetividade acolhem os colaboradores, que dão indícios de melhor performance e aumento nos níveis de concentração e entrega. Por fim, é nas casas que o conceito se torna ainda mais essencial. Independente do estilo arquitetônico escolhido, a afetividade deve estar sempre presente nos projetos para ajudar a criar a sensação de casa. Ou seja, o sentimento de acolhimento e aconchego.
Mas se engana quem pensa que criar um ambiente repleto de afetividade é tarefa fácil. Para ajudar a criar este espaço, a arquiteta, designer de interiores e a decor influencer Karolinna Venturi reuniu algumas dicas essenciais para quem busca trazer um pouco mais de afeto para um ambiente. “Acredito que um ambiente para gerar a situação de afetividade engloba mais de um item”, entende a arquiteta, que reúne os pontos principais. Confira:
Como criar uma conexão
Para Karolinna, o essencial é gerar conexão. No caso de um projeto residencial, o foco tem que estar no morador. Para conectar, é preciso se apoiar em algumas questões, como um estilo arquitetônico que agrade o morador, as cores que ele mais gosta e até mesmo objetos que remetem a boas memórias. “Vão ter situações em que o cliente gosta de uma casa clean e sem muitos objetos. Isso para ele vai gerar afetividade. Então eu acho que a primeira situação é a pessoa ter relação com o estilo de decoração e os objetos que tem dentro da casa para gerar essa ligação”, entende a arquiteta.
Um ambiente afetivo precisa de cuidado profissional
É bastante delicado criar um ambiente para outra pessoa. Afinal, é bem fácil incluir seus gostos pessoais em um projeto que não é necessariamente seu. Situações assim acabam gerando desconforto e um resultado que foge do esperado. Por isso, ter um profissional para entender os desejos do morador e traduzir em uma decoração é essencial para criar afetividade. Além disso, arquitetos e decoradores são capazes de usar a informação para surpreender, causando emoções únicas que têm grande relação com a afetividade de um ambiente. Essa sensação consegue ser passada com êxito quando o espaço é projetado com todo o cuidado de um profissional, que também consegue promover o conforto necessário para projetos afetivos. “O ambiente tem que remeter a essa sensação de conforto. E isso a gente vai conseguir com cores, tecidos e outros objetos que remetem a essa sensação”, explica Karolinna.
Diálogo sempre!
“Outra situação que eu também vejo e falo muito para os meus clientes é que na elaboração do projeto é preciso ser o mais transparente possível e realmente demonstrar tudo que aquilo que se espera da casa ou deseja. Isso é necessário para, primeiro, nivelar a expectativa, mas também para o profissional conseguir alcançar esse objetivo. Às vezes a pessoa tem a situação de ter uma cadeira que era de família e querer muito que ela esteja na decoração. [Acredito que] sim, tem que fazer parte do espaço. Eu acho que o espaço tem que ter história e isso também traz afetividade. História a gente consegue às vezes com uma cor que remeta algo do passado, com um objeto que seja de família ou com uma mesa de madeira super clássica, talvez até com uma pegada moderna, mas que tenha uma ligação e história com a família”, conclui a designer.