O que esperar do mercado de luxo até 2025
Os estudos da consultoria Bain & Company apontam que, após a pandemia, haverá uma recuperação para o mercado de luxo. Ainda assim, o setor será profundamente transformado.
A crise do coronavírus forçará a indústria a pensar de forma mais criativa e inovar ainda mais rapidamente para atender a uma série de novas demandas dos consumidores e restrições de canal.
Entre as principais alterações estão a emoção e o regionalismo.
“Vamos olhar para o luxo e desejar que ele realmente esteja próximo de nós e que aquelas compras também façam parte da nossa história.
Se o luxo conseguir se adaptar às novas realidades, haverá adequação ao consumidor.
As compras terão mais significados. E por isso, Não vamos comprar apenas por precisar, mas porque aquilo faz sentido e porque aquele dinheiro está beneficiando outras comunidades.
Então, a responsabilidade social e ambiental trará mais sentido para essa compra, e o luxo, com as adaptações, tem total autonomia para que esse movimento aconteça”, explica o professor de mercado de luxo no Instituto Superior de Administração e Economia (ISAE/FGV), Adriano Tadeu Barbosa,
Ainda segundo a Bain, à medida que os consumidores emergem lentamente dos lockdowns, a maneira como enxergam o mundo mudará.
Entre as mudanças estão a segurança na loja, que passa a ser obrigatória, e combinada com a “magia” da experiência de luxo.
Ou seja, as marcas devem adotar maneiras criativas de atrair clientes para a loja ou de levar o produto até ele.
Conheça outras 05 tendências para o mercado de luxo até 2025:
- Crescimento do mercado interno da China – As vendas de luxo dentro do país subiram 18% no último ano, chegando a €23 bilhões. Os números apontam a força e o tamanho do desejo dos chineses em consumir produtos desse segmento. A previsão é que, até 2025, eles respondam por 45% do mercado AAA (hoje estão em 32%)
- Canais digitais – as vendas pela internet caíram no gosto das pessoas e, mesmo que o consumidor privilegie a compra em loja física, ele passará por apps e sites de pesquisa antes de efetuar a compra. O desafio das marcas será oferecer experiência a distância, seja com prestação diferenciada de serviços de entrega, ou outras facilidades para o consumidor.
- A reinvenção das lojas – Pontos de venda físicos como os que conhecemos hoje tendem a desaparecer. E surgirão lojas habilitadas para oferecer experiência de consumo e branding. É tempo de planejar o futuro da sua marca.
- Atendimento super personalizado – Não é de hoje que o consumidor de luxo deve ser mimado e lembrado. Mas a tecnologia deve ajudar ainda mais nesse setor. As marcas devem contar, por exemplo, com dispositivos de geolocalização que avisarão sobre a chegada de um consumidor importante. Sensores biométricos, por sua vez, poderão informar sobre o estado de espírito e das emoções daquela pessoa.
- Agilidade – A vida digital fez com que o imediatismo se tornasse moeda importante para gerar negócios. Isso vale para o atendimento ao cliente e seus desejos, quanto para mudanças internas na administração, caso sejam necessárias.
Diante de uma crise sem precedentes e um novo mundo pós pandemia, os players de luxo precisam agir agora para criar seu futuro. Todos os aspectos do mercado, da criação à distribuição, do marketing à cadeia de suprimentos e, principalmente, a interação com os clientes finais, deverão ser repensados.