Ambiente livre de ruídos é garantia de mais qualidade de vida e produtividade

Ele não pode ser visto, mas é facilmente percebido. Definido como um som indesejável, os ruídos variam em sua composição em termos de frequência, intensidade e duração.

Mas os danos que costuma causar no organismo muitas vezes podem ser permanentes e vão além dos efeitos diretos sobre a capacidade de audição.

Há muitas pesquisas que comprovam que a poluição sonora pode causar, além da perda auditiva, irritação, alterações de sono e humor, doenças cardiovasculares, problemas digestivos, alteração da pressão arterial e perda de desempenho cognitivo em crianças (dificuldade de aprendizado, por exemplo).

Por isso, a preocupação com esse tema em casas, estabelecimentos comerciais e ambientes corporativos tem aumentado nos últimos anos. E não é por menos.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 10% da população mundial esteja exposta a níveis de ruído que podem causar danos à saúde.

Diante disso, o mercado de arquitetura e decoração passou a oferecer alguns caminhos que apontam para a proteção acústica necessária para uma melhor qualidade de vida e produtividade.

Segundo profissionais da área, existem duas formas para tornar um ambiente silencioso, e que são confundidas com frequência: o isolamento acústico e o conforto acústico. Se a questão é o ruído externo, ou a transmissão de barulho de um espaço para outro, é necessário trabalhar o isolamento acústico. 

Nesse caso, as soluções envolvem reformas estruturais, como paredes duplas, portas e janelas acústicas, mantas resilientes, entre outros.

No caso do teto, o acabamento com superfície lisa e polida favorece a reflexão do som, distribuindo-o pelo ambiente. Para eliminar esse problema, basta revesti-lo com materiais porosos, como as placas acústicas em melamina expandida; ou acrescentar painéis suspensos. 

Os forros acústicos modernos, além de eliminar ecos e som indesejáveis, também auxiliam nas tarefas de embutir a iluminação, disfarçar vigas e criar efeitos estéticos e luminosos incríveis.

Para cada necessidade e ambiente há uma solução. A dica é ficar com a opção que ofereça melhor composição com a decoração de seu espaço.

Esse mesmo princípio pode ser aplicado a outras superfícies, como as paredes.

Há várias ideias populares sobre como a decoração, quadros, estantes e outros elementos podem ajudar a quebrar as ondas sonoras.

Mas, se o nível de ruído for muito elevado, o melhor é optar por painéis acústicos que tenham sido desenvolvidos especificamente para essa função.

Outra alternativa é o drywall, que deve receber entre suas chapas de gesso algum material antirruído, como a lã mineral (de rocha ou de vidro), isopor, e mantas plásticas ou de borracha.

Essa estratégia costuma proporcionar paredes mais resistentes a ruídos externos, porém, vai roubar uns 10cm de espaço. Além disso, existem modelos no mercado que podem oferecer um excelente acabamento estético. 

Barreiras acústicas

Existe, ainda, a opção de atenuar o barulho fazendo barreiras acústicas simples. Por exemplo, os jardins verticais, quando posicionados de maneira estratégica, podem impedir a reflexão do som, absorvendo estes ruídos externos.

Agora, se a fonte do barulho for interna, há vários materiais que facilitam a absorção dos sons e, acredite, muitos deles já estão presentes na maioria das residências ou empresas: cortinas, tapetes, estofados, almofadas, mantas, tecidos, quadros e alguns tipos de móveis.

As estantes de livros, por exemplo, podem ajudar nessa tarefa. Já os tapetes ou carpetes proporcionam um ambiente mais “abafado”, e, junto com as almofadas e mantas, cumprem bem a função de impedir a propagação de sons médios e agudos, como conversas ou gritos de crianças, diminuindo o eco. Enquanto isso, as cortinas, além de impedir o excesso de iluminação, são aliadas na hora de suavizar os sons, desde que feitas com tecidos mais encorpados. De quebra, esses itens deixam sua decoração mais bonita e aconchegante.

Arranjos de flores também funcionam bem, pois o efeito é igual ao das plantas colocadas no jardim vertical. Até aplicar papel de parede faz diferença, pois as fibras são mais flexíveis e macias que a parede crua. Se tiver textura e nervuras, melhor ainda.